sábado, 31 de janeiro de 2009

Em Novembro de 2006, a Camaleão editou o nº 1 da revista “Contar”.
Depois dessa data, apesar de várias tentativas, não obtivemos qualquer apoio (necessário) para continuar a publicação.
Por isso, decidimos passar ao formato digital.
Eis, como aperitivo, o editorial do nº 1, que diz o que este blog pode ser e o que não deve ser:

Editorial

porque nos propusémos a fazer uma revista sobre a narração oral

porque nos dedicamos à narração oral e à sua promoção
porque nos interessa o assunto
porque temos falado e reflectido sobre as problemáticas inerentes
porque queremos que esta reflexão seja pública
porque fazemos formação na área
porque não existe nenhuma publicação periódica em língua portuguesa sobre o tema
por nós conhecida
porque preenche uma lacuna
porque temos corrido o país e em todo o lado as pessoas páram para nos ouvir
porque queremos que apareçam mais pessoas para nos ouvir
porque é importante que as pessoas percebam que esta é uma arte com características únicas, uma arte séria e profunda, anterior à literatura, ao teatro, à arquitectura
e isso ainda hoje é visível no acto performativo, um dos mais ancestrais rituais da humanidade
porque acreditamos que há pessoas interessadas nas matérias aqui tratadas
porque sabemos que há por aí recolhas de material inédito e estudos que urge divulgar
porque queremos que os narradores e futuros narradores tenham onde debater o futuro
desta profissão e expressar livremente os seus pontos de vista
porque queremos mostrar o que é esta vida
o que custa e o prazer que é contar e ouvir estórias
porque queremos ajudar a quem anda nesta vida de narrador
e mesmo os outros, os que contam ocasionalmente

o que CONTAR pretende ser
um espaço de reflexão teórico-prátco sobre o acto da narração oral
e sobre as pessoas que andam a contar

o que CONTAR não pretende ser
uma revista literária
uma revista com contos
uma revista com análise de contos
uma revista sobre números e matemática

e se este ainda não é o CONTAR que queremos
é o início e o caminho faz-se andando

um especial agradecimento à Delegação Regional do Centro da Cultura
e ao seu delegado, Prof. Dr. António Pedro Pita
pelo apoio dado, pelo incentivo e por acreditar no projecto